Como devem saber, não é de meu costume
usar como vocabulário tais expressões “chulas” do nosso riquíssimo dialeto
brasileiro, (pelo menos em texto escrito, no qual privo pelo português mais
próximo da norma padrão.) Mas foi exatamente a expressão que me veio à mente no
momento em que ouvi o delegado de polícia afirmar essa semana em rede nacional:
“- Continuaremos avançar nas investigações sobre o que levou à morte do
jornalista Santiago!”. Na boa... já deu né... Investigar mais o que? Será que
já não está claro com as imagens que foram de fato os dois jovens os autores
dos disparos dos artefato?
Permitam-me explicar a minha
indignação. Expresso aqui meus sinceros sentimentos aos familiares, mas infelizmente
ele não foi a única vítima dos protestos que viraram moda no Brasil desde o mês
de Julho passado, outros civis também foram vítimas dos protestos, pelo menos
seis morreram até agora em consequência da violência. O problema do Brasil é
que as coisas só tomam evidencia na velha mídia quando a vítima é um jornalista
ou quando é um policial. Será que somos menos importantes? Será que a morte do
jovem Douglas Henrique Oliveira de Belo Horizonte que morreu também num
protesto é menos importante pra não ter ganhado destaque nacional? E as duas
mulheres atropeladas no protesto de Cristalina?
Faço minhas as reinvindicações da
ONG Venezuelana Human Rights Watch (HRW) entregue ao governo nessa quinta feira
pedindo urgência nas investigações das mortes nos protestos nessa nação e ao
mesmo tempo pede que o governo seja imparcial e que os responsáveis sejam
punidos. Que as reflexões e os debates em torno do acidente e morte do
jornalista continue e se aprofunde, porem que seja de forma imparcial, não é o
jornalista morto, é mais um brasileiro ceifado pelo incrível senso de liberdade
e o senso de ausência de estado que povoa o imaginário dos jovens, mascarados
(ou não) que vão na onda do protesto.
E será que a pergunta se encerra
por aqui? Seria simplesmente: “quem ascendeu? quem entregou nas mãos de quem?”
ou deveríamos nos perguntar quem comprou o artefato? Sabemos que tais protestos
são patrocinados por partidos políticos que têm interesses que vão muito mais
além do que trinta centavos de reajuste nas passagens. Outrora são patrocinados
por grupos new-anarquistas que se oportunizam com o som das vozes autenticas
que clamam por justiça. Esses sim é que compram as bombas e armam os jovens.
Deveriam também indiciar os
artistas que fizeram os palcos do Rock In Rio 2013 como verdadeiro comícios de apologia ao anarquismo. Tico Santa Cruz vocalista do Detonautas que vestiu a máscara usada nos protestos e incentivou os jovens
irem paras as ruas com as mascaras, com um discurso enfurecido e uma fotografia
que ganhou mundo. Não podemos esquecer também de incluir o ex-tropicalista
Caetano Veloso que meses antes do evento posou de black Blocs em manifestação
de apoio aos protestos contudo que fosse pacífico. (se é pra ser protesto
pacífico porquê de usar a mascara?).
Mas é claro né... é melhor colocar logo os pivetes na cadeia a abafar o caso, e em seguida buzinar em nossos ouvidos até que fique bem claro que jornalistas não podem morrer enquanto estão trabalhando na cobertura da matéria sobre o protesto... o problema é
dormir com esse barulho!!!
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário, sua opinião é muito valiosa para mim. Um forte abraço!