Quanto ao negro representado na obra de padre Antonio Vieira, há um problema na historiografia, tanto na literatura quanto na história. Se muitos autores enaltecem Vieira – quase que num sentido humanitário – pela sua posição de defesa aos judeus e aos índios, sempre fica a questão de que em relação aos negros a posição de Vieira não era tão “moderna” e “progressista”. Mesmo Vieira hoje sendo lembrado, muitas vezes, como “mulato” devido a sua bisavó ter sido descendente de africanos, o seu tratamento para a escravidão e para com os africanos sempre foi algo complicado na imagem construída de um “teólogo da libertação”. De fato essa discursão sobre a imagem do negro em autores brasileiros dos tempos mais antigos tomou corpo à medida que os debates acerca das politicas afirmativas para negros e afrodescendentes foram tendo maior abrangência e ocupando o espaço das discursões que se tem colocado em pauta abertamente sobre os mecanismos de exclusão social no país, sobretudo o
"Tu es Petrus et super hanc petram edificabo Ecclesiam meam"(Mt. 16, 18)