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Mostrando postagens de abril 22, 2020

O mistério da Sexta Feira da paixão

Ela era muito temente à Deus, católica fervorosa, rezadeira de terços, ia à Missa todos os domingos e dias santos e cumpria religiosamente todos os preceitos. Já o seu esposo, Pascoal da Paixão, era um italiano matuto, fora ensinado à trabalhar na roça desde muito cedo para angariar pra família o pão de cada dia. Ele não era muito de religião, e como boa parte dos homens daquele tempo, o único entretenimento que tinha era se afogar na bebida que trazia muitos problemas pra todos. Até ia a Missa aos domingos, mas não aguentava esperar até o final dentro da igreja sem que pudesse sair ao menos pra fumar um cigarro no meio do palavrório da missa que ainda era em latim e só voltava quando o sacristão tocasse o sino, alertando para a hora exata da consagração das espécies do pão e do vinho. A família era numerosa, oito filhos ao todo, sendo seis moças e dois homens, minha mãe Terezinha de Jesus que nos contava essa história era a segunda mais velha da família, tinha na época quatorze