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Ensaio sobre o homem e o universo da amizade masculina:

A confraria dos ogros.

O grande filósofo e ensaísta da língua inglesa Samuel Johnson, afirmou certa feita sobre a essência dos relacionamentos de amizades entre os homens que resumiu de forma simples nosso comportamento masculino de como uma roda de amigos homens se entretém: “Dois homens não podem passar meia hora juntos sem que um conquiste uma evidente superioridade em relação ao outro”.

Grupo Negócios Pessoas Profissionais Bem Sucedidos Bebida Cervejas Escritório — Fotografia de StockHá de fato essa truculência mesmo que imperceptível, e pra nós homens isso não causa incômodo. Quem já viu um diálogo entre homens deve ter percebido que nós nos digladiamos o tempo todo, talvez seja pelos nossos ancestrais que se debatiam, uma hora com feras predadoras e outrora com outros homens de outras tribos, para levar pra casa o alimento. Nas rodas de homens os diversos assuntos são motivos de se digladiarem para tão logo decidirem quem é o melhor, " Meu time é o melhor", "peguei mais mulher ou peguei aquela mulher” (ouvidos sensíveis não se assustem, isso não têm a carga de rivalidade e troféu como falam por aí). Eu jogo melhor, eu bato mais, eu chuto mais forte e por aí vai.

E no final tudo acaba com tapas no ombro uns dos outros, peteleco na nuca, empurrões, soco na mesa e viradas e mais viradas de copos de chopp. Isso quando essa fraternidade dos ogros não é interrompida com a chegada ou passagem feminina no local, a mulher, essa que é a obra de nossa devoção. Aquela cena que parece ter apertado a tecla de stop. Silenciamos. Todos olham para o mesmo rumo, alguns queixos se caem, alguns olhos arregalam, e alguns suspiros inteligíveis apenas nesse retalho de universo, a citar: "eita porra hein! "Ca-ra-ca", "puta quiupa riu". Quando de repente, algum deles, talvez o ogro líder, retoma: onde foi que paramos mesmo? E nunca sabemos onde parou, e outro assunto, ou melhor outros rouds de digladio, se desenrola e a noite segue até que o telefone de um ou mais toque. É a esposa lembrando da hora de voltar pra casa.


Dois homens em capacetes de Viking que perfuram-se. — Fotografia de Stock
Bom. Até aqui está posta a realidade dos fatos e eventos vividos, e tudo isso é o que mais me encanta por ser um homem. E aqui faço lembrar que não existe discurso de superioridade ou guerra dos sexos, até porque só existe a beleza da essência do ser homem, porque do outro lado existe a dinâmica e a singeleza da alma feminina que nós tanto admiramos, em resumo, o ser homem só se completa em sua amplitude de significados com a sua outra metade, a mulher. Mas se aqui cabe um exemplo de comparação entre os sexos para notarmos a harmonia das diferenças, basta fazermos uma comparação no linguajar, se valendo da variação linguística, dos diálogos de homens entre homens e mulheres entre mulheres para enriquecer esse nosso ensaio literário de experimento social.

Dois casos idênticos de, numa roda dos sexos, frente à citada pelo filosofo, constatação da evidente superioridade e suas devidas reações dos envolvidos: Homens pós-constatação: - "caralho velho, você é foda mesmo!". Mulheres pós-constatação: - “miga sua louca, tá lindaaaaa!!

Ministério do entretenimento inteligente adverte: se voce chegou até aqui por impulsamento de pesquisa para alimentar seus argumentos de machismo ou feminismo ou ainda qualquer outro "ismo", a porta, é a serventia da casa! 

Comentários

  1. É engraçado como instintivamente "mudamos de personalidade" quando conversamos com nossos amigos e quando conversamos com qualquer mulher, em especial nossas namoradas e esposas. É inegável a diferença biológica dos dois sexos.

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  2. Texto objetivo! Objetivo quanto o nosso instinto primitivo rsrs. Nos faz refletir o lado "animal", porém domesticado e intensamente sociável. Triste que o clã de homens está ficando escasso kkkkk.





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