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Ideologia de Gênero - Conceito: Enquanto
o termo “sexo” se relaciona à natureza e implica duas possibilidades (homem e
mulher), o termo “gênero” é tirado da lingüística, na qual distinguem-se três
variantes: masculino, feminino e neutro. As diferenças entre homem e mulher não
corresponderiam a uma natureza dada, mas seriam meras construções culturais,
“plasmadas” sobre papéis e estereótipos que em cada sociedade se atribui aos
sexos, socialmente construídos.
A ideologia feminista de Gender se
difunde a partir da década de 1960-1970. Sustenta que a feminilidade e a
masculinidade não seriam determinadas basicamente pelo sexo, mas pela cultura.
O gênero é uma construção cultural;
por conseguinte, não é nem o resultado casual do sexo nem é tão aparentemente
fixo como o sexo. Teorizando que o
gênero é uma construção radicalmente independente do sexo, o próprio gênero
torna-se um artifício livre de vínculos. Homem e masculino pode ser referidos
tanto a um corpo feminino como a um masculino; e mulher e feminino, seja a um
corpo masculino, seja a um feminino.
O “feminismo do gênero” (expressão
usada por Christina Hoff Sommers no
livro Quem roubou o feminismo?) é uma ideologia que quer ocupar-se de tudo e
segundo a qual a mulher norte-americana é escrava de um sistema patriarcal opressivo.
Para Christina Hoff há a diferença entre as feministas de gênero e as
feministas da igualdade que acreditam na igualdade legal e moral dos sexos.
Neomarxismo: Segundo
Dale O’Leary, a teoria do feminismo de gênero baseia-se numa interpretação
neomarxista da história. Tem origem na afirmação de Marx de que toda história é
uma luta de classes dos opressores contra os oprimidos, numa batalha que se
resolverá só quando os oprimidos tomarem consciência da sua situação, fizerem a
revolução e impuserem uma ditadura dos oprimidos. A sociedade será, então,
totalmente reconstruída e emergirá uma sociedade sem classes, livre de
conflitos, que assegurará a paz e a prosperidade para todos.
Para a ideologia de gênero a
realidade da natureza incomoda, perturba e por isso deve desaparecer. O que é
natural não é necessariamente um valor humano. Toda diferença entre um homem e
uma mulher é construção social. Não existem dois sexos, mas muitas “orientações
sexuais”.
Papéis socialmente construídos
“Por gênero entende-se os papéis
e as responsabilidades da mulher e do homem determinados socialmente. O gênero
é relativo ao modo como nos percebemos e acreditamos pensar e atuar como mulheres e homens em
virtude da estrutura social e não pelas nossas diferenças biológicas”.
(Definição de um panfleto que circulou na reunião do Comitê Preparatório de
Pequim. 1995). Para esses, o propósito dos defensores da perspectiva de gênero
é chegar a uma sociedade sem classes de sexo. Para isso propõem desconstruir os
relacionamentos familiares, a reprodução, a sexualidade, a educação, a religião
e a cultura, entre outros.
Para Dale O’leary o feminismo de gênero é um sistema fechado
contra o qual não há como argumentar. Não se pode apelar à natureza, nem à
razão, nem à experiência, nem às opiniões ou aos desejos das mulheres reais,
porque segundo as feministas de gênero tudo isso é “socialmente construído”.
Não importa quanta evidência se reúna contra suas idéias.
Papa João Paulo II disse: “A
família, fundada e vivificada pelo amor, é uma comunidade de pessoas: dos
esposos, homem e mulher, dos pais e dos filhos, dos parentes. A sua primeira
tarefa é a de viver fielmente a realidade da comunhão num constante empenho por
fazer crescer uma autêntica comunidade de pessoas”. (Familiaris Consortio, 18).
Numa audiência, Papa Bento XVI, nos
exorta: “ Animada e sustentada pelo mandamento novo do amor, a família
cristã vive a acolhida, o respeito, o serviço para com o homem, considerado
sempre na sua dignidade de pessoa e de filho de Deus. E por fim, Papa Francisco
em sua Mensagem para o 49º
Dia Mundial da comunicações sociais defendeu que “ A família mais bela,
protagonista e não problema é aquela que, partindo do testemunho, sabe
comunicar a beleza e a riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher,
entre pais e filhos”.
E no Brasil, a CNBB também tem se posicionado
de forma precisa a fim de defender a família dessa artimanha politica que tem o fim de por em cheque a estrutura Judaico Cristã da família. “Um
olhar especial merece a família, patrimônio da humanidade, lugar e escola de
comunhão, primeiro local para a iniciação à vida cristã das crianças, no seio
da qual os pais são os primeiros catequistas”.
Padre Jorge Alves FILHO, Mestre e Doutor em Teologia Pastoral com ênfase em Familia.
Referencias bibliográficas:
LEXICON -Pontifício conselho para a Família
Termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas.
Impresso na gráfica das escolas salesianas. SP. 2002.
FAMILIARIS CONSORTIO. 20ª edição, 2007, Paulinas, SP.
A Família, o Trabalho e a Festa. Catequese preparatória para o VII
Encontro Mundial das Famílias (Milão, 30 de maio a 3 de junho de 2012). Edições
CNBB.
Comunicar a Família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do
amor. Mensagem para o 49º dia mundial das Comunicações sociais. Papa Francisco.
Paulus, Paulinas, 2015.
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