Queridos irmãos, colegas,
críticos e leitores, estamos às portas da grande festa da encarnação do verbo,
o Natal de Jesus Cristo. Mais do que nunca, é tempo de refletir e pensar na
pessoa e na mensagem do mestre. De forma especial, neste ano eu tenho refletido
muito no tempo do advento, nos textos do Evangelho de João, no capítulo 1, a
partir do versículo 1 no qual o autor sagrado nos apresenta de maneira poética
os principais traços da figura Divina do Cristo.
“No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de
Deus. Tudo foi feito por Ele, e sem Ele nada foi feito. Nele havia a vida, e a
vida era a luz dos homens.” (Jo 1,1 – 4)
No princípio de tudo, o Verbo,
que é Jesus, já estava com Deus, no mistério divino da Santíssima Trindade.
Porem, quando chegou o tempo da plenitude, como vai dizer o Apostolo Paulo em Gálatas
(4, 4), Deus veio em socorro ao mundo e aos homens que haviam se desviado de
seu projeto inicial, mas para se igualar ao homem, padecer os sofrimentos do
homem, e poder carregar e assumir as suas dores, Ele precisou nascer de uma
mulher, divulgar a sua mensagem ao mundo, e por fim morrer e ressuscitar.
Essa profissão de fé descarta
qualquer possibilidade de concebermos um “Cristo” romântico e pela metade. Um
Cristo que apareceu do nada, como um herói de nossa infância. Um Cristo risonho
e sem a Cruz. Sua mensagem é coerente com a realidade. Nosso Cristo que hoje,
liturgicamente assumi a aparência pobre, humilde e indefeso, é o mesmo que
assumiu os pecados do mundo inteiro em seu próprio ombro naquela tarde
derradeira. É o mesmo que nos convoca a transformar com coragem o mundo e a
realidade em que vivemos.
Que neste Natal, o Cristo menino,
possa nos converter de volta ao direcionamento evangélico e profético para os
nossos dias. Que a figura do presépio e da gruta de Belém, nos remonte ao “pó”
pregado com tanta beleza e profetismo por Padre Antonio Vieira, nos faça recordar
que sem Jesus não somos nada. Que Santíssima virgem Maria nos inspire a
fazermos sua vontade, mesmo quando sua proposta parecer a mais absurda
possível.
Feliz Natal e um próspero ano de
2015, cheio de bênçãos e realizações em Cristo Jesus! São os votos de Claudio
Roberto da Silva e do blog Cantina Literária.
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