Estive numa escola de ensino superior do estado essa semana para pegar um documento da minha pós graduação e resolvi perguntar para a secretária se um dos cursos seria oferecido no próximo semestre. Ao passo que ela me respondeu:
- Sim, teremos “tal curso”, e as inscrições estarão disponíveis
no próximo mês... isso é, pontuou a mesma, se o governo continuar né? Porque se
o PT perder estaremos todos fritos!”.
Apesar desse sentimento de assombro correr em diversos
setores do poder público federal, não há nenhum embasamento que a justifique, para
não dizer que é uma tremenda atitude de má fé dos atuais gestores públicos que
de praxe empregam esse discurso pra se manter no poder. Tendo em vista que vivemos em um regime democrático num
sistema de governo federativo, ou seja, o povo “demo” (do latim) com poderes de
interferir nas principais decisões dos governos e na administração pública,
seja através do voto ou das participações nos debates públicos, plebiscitos e
etc. Neste contexto, os direitos e os avanços adquiridos estão resguardados,
sendo praticamente impossível um retrocesso tamanho a ponto de demostrar tal
relevância caracterizados nessa imposição de medo.
Um presidente quando toma pose do poder carrega em si a sua
particularidade e seus projetos, e é claro que pra cumprir sua agenda vai
montar os seus ministérios e as parcerias para pô-lo em prática, é normal que
irá evidenciar alguns aspectos e desacelerar outros de acordo com o que irá
propor. Mas a experiência mostra, que os governos geralmente dão continuidade,
e às vezes até melhoram o que está dando certo.
O próprio PT que outrora era a oposição e agora detêm o
poder, tem consciência disso e deveria ser o ultimo a pensar nessa estratégia,
tendo em vista que muitos dos projetos que entraram nos créditos do seu mandato,
isso é, de Lula e Dilma, não foram criados por eles, e sim resgatados e alguns até
melhorados do governo FHC que governou por 08 anos, a exemplo, o Plano Real, os
financiamentos estudantis algumas das bolsas assistências dentre outros.
Então prezado web-leitor, quando você ver um político, um assessor
de marketing ou o próprio eleitor postar algum vídeo ou foto de um cidadão de
bem assistido ou beneficiado pelos projetos do atual governo, que deram certo, e
com isso implorar votos porque caso contrário perderiam esses benefícios,
desconfiem, ou melhor, não deem crédito, pois nenhum governo, ainda que fosse possível,
retrocederiam a tal ponto de gerar uma bomba atômica social dessa magnitude.
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