Nossos representantes federais mais
uma vez aplicam a arte do “empurra
empurra” e adia mais uma vez a votação do PNE, Plano Nacional da Educação,
para o próximo dia 22 ou 23, depois da semana Santa, isso não é nenhuma
novidade em nosso país, aconteceu com outras votações urgentes que entraram nesse
cansativo processo de cansar o povo (redundância proposital), enquanto isso
quem sai perdendo é a nação que corre sério risco de ficar mais um ano sem o
plano nacional de educação.
Mas como eu disse não me espanto
com essa jogatina de enxadristas que usam da mais infame estratégia de cansar o
adversário até que o mesmo já não raciocine direito e passa a, enfadonhamente
mudar as peças do tabuleiro sem muito pensar, porem o que me deixa ensandecido
é a capacidade de alguns desses políticos, como é o caso do Dep. Jean Wyllys (PSOL-RJ),
terem a audácia de dizer que o que está impedindo a votação é uma questão
RELEVANTE que está atrapalhando o processo.
O que ele chama de relevante é a
pressão que o governo tem sofrido por acordos firmados com organizações
internacionais para implantar a ideologia de gênero nas escolas do Brasil, como
ocorreu em muitos outros países, como por exemplo a França como denunciou Creomar Baptista ao site Midia sem Mascara. Diversos setores da
sociedade, incluindo os religiosos, apontaram para os perigos de tal ideologia para
o atual conceito de família, resguardados pela nossa constituição. O cerne da
discursão consiste no fragmento do paragrafo do texto que insiste em dizer: "São diretrizes do PNE a superação das
desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial,
regional, de gênero e de orientação sexual". Porem a redação proposta
pelo relator fora construída juntamente com movimentos sociais, organizações da
sociedade civil, entre outros grupos, ao longo de três anos de discussão, onde
já definido e aprovado a substituição do termo “... com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de
orientação sexual” por uma expressão mais abrangente, que assim ficaria: "São diretrizes do PNE a superação das
desigualdades educacionais, com ênfase na superação de todas as formas de
discriminação".
Se a questão fosse tão relevante,
como afirmou o deputado que durante a sessão de pronunciamentos fez questão de
culpar os religiosos presentes por impedirem o progresso, se contradiz ao afirmar
ser o maior defensor dessa causa na casa, e de fato é, e tem feito intervenções
desde a primeira votação e sem contar é claro que tem veemente se manifestado a
favor dessa implantação através das redes sociais e programas de auditórios. A
contradição não parou por aí, o parlamentar também se pronunciou desfavorável
em manter o texto anterior que propõem uma expressão mais abrangente e sem
ambiguidades, e ao mesmo tempo defendeu que “A escola é um lugar de diversidade". Mas não é justamente
devido a essa diversidade é que o texto precisaria ser mantido na forma mais
abrangente, enfatizando todo tipo de discriminação?
Quando um orador faz uso de tal
falácia, ou seja, de diminuir o discurso do outro para evidenciar o seu
posicionamento, é ser idiota (no sentido clássico) duas vezes, ou seja, se eu
preciso afirmar que o discurso do outro é de pouco valor e com isso
desnecessário, só o fato de fazê-lo já me diz duas coisas: ou eu sou um
retardado elaborando celebres discursos para convencer o inútil de sua
inutilidade, ou tal discurso não seja tão desvalorizado, pois foi preciso
formular no mínimo uma refutação contra ele.
Mas como diria Gabriel o
pensador, “enquanto os nossos governantes vão boiando sorridente, vamos
rimando, bola pra frente!”
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