GRIFO NOSSO: O texto a seguir nos trás um relatório sóbrio a cerca das ultimas polêmicas levantadas em torno da Santa Sé e do Comitê da Onu sobre os direitos da Criança. Dom Tomasi analisa as fortes acusações feitas à Santa Sé e ao mesmo tempo denuncia as mentiras divulgadas, ou as verdades encobertas pelo comitê, falácias essas, que são patrocinadas pelas fundações e organizações não governamentais que têm interesse que a Igreja mude seus ensinamentos na questão do casamento gay e a cultura abortista, e isso justificaria essa forte pressão, ainda que em relatórios anteriores o Vaticano tenha de fato colaborado em tudo, para o bom andamento das investigações..
Por graça de Deus, o representante do Vaticano afirmou que a Igreja está disposta a colaborar nas investidas contra a pedofilia afim de garantir os direitos da criança, mas ressalta que esses direitos da criança não consisti apenas na defesa contra os abusos sexuais, mas tambem e sobretudo no direito a vida, que mascaradamente o comitê omitiu esse principal direito em seus relatórios.
Leia na integra a entrevista de Dom Tomasi, concedida à rádio vaticana. Muitos pensadores e críticos políticos têm nos alertado sobre a existência dessas fundações, que trabalham e articulam como verdadeiros e autênticos inimigos da Igreja e da família, mas agora não é mais uma voz solta no ar, que muitas vezes é interpretada como meros alucinados adeptos à teoria da conspiração, trata-se da voz do observador permanente do Vaticano, um dos homens mais respeitados da Igreja na atualidade.
Dom Tomasi: “O Comitê da ONU sobre os Direitos da
Criança apresentou hoje suas conclusões e recomendações para os países
que foram examinados durante esta 65ª sessão. São eles: Congo, Alemanha,
Santa Sé, Portugal, Federação Russa e Iêmen. Primeira impressão: é
preciso esperar, ler atentamente e analisar detalhadamente o que
escrevem os membros desta comissão, mas a primeira reação foi de
surpresa, porque o aspecto negativo do documento que produziram faz
pensar que tenha sido preparado antes da reunião da Comissão com a
delegação da Santa Sé, que deu em detalhes respostas precisas sobre
vários pontos, que não foram, em seguida, incluídas no documento final
ou pelo menos não parecem ter sido levadas seriamente em consideração.
De fato, o documento parece não ter sido atualizado, considerando o que
nesses últimos anos foi feito no âmbito de Santa Sé, com as medidas
tomadas diretamente pela autoridade do Estado da Cidade do Vaticano e
depois pelas Conferências Episcopais nos vários países. Portanto, falta a
perspectiva correta e atualizada que realmente viu uma série de
mudanças para a proteção das crianças que me parece difícil de
encontrar, no mesmo nível de compromisso, em outras instituições ou até
mesmo em outros Estados. Isto é simplesmente uma questão de fatos e
evidências que não podem ser distorcidos!”
Como responder de maneira precisa a essas acusações do Comitê da ONU?
Dom Tomasi: “Não se pode em dois minutos responder a
todas as afirmações feitas – algumas muito injustas – no documento
conclusivo do Comitê. A Santa Sé responderá, porque é um membro, um
Estado Parte da Convenção, que a ratificou e pretende observar no
espírito e na letra essa Convenção, sem acréscimos ideológicos ou
imposições que estão fora da Convenção. Por exemplo, a Convenção sobre a
proteção das crianças, em seu preâmbulo, fala da defesa da vida e da
proteção das crianças antes e depois do nascimento; enquanto a
recomendação que é feita à Santa Sé é a de mudar a sua posição sobre a
questão do aborto! É claro que, quando uma criança é morta não existem
mais direitos! Então, isso me parece uma verdadeira contradição com os
objetivos fundamentais da Convenção que é o de proteger as crianças.
Este Comitê não fez um bom serviço para as Nações Unidas, tentando
introduzir e pedir à Santa Sé de mudar o seu ensinamento não negociável!
É um pouco triste ver que o Comitê não compreendeu a natureza e as
funções da Santa Sé, que expressou claramente ao Comitê a sua decisão de
realizar os pedidos da Convenção sobre os Direitos da Criança, mas
definindo e protegendo primeiramente os valores fundamentais que tornam a
proteção da criança real e eficaz.”
A ONU tinha dito no início que o Vaticano havia respondido
melhor do que outros países sobre a proteção dos menores: o que mudou?
Dom Tomasi: “Na introdução do relatório final foi
reconhecida a clareza das respostas; não se procurou evitar nenhum
pedido feito pelo Comitê, com base na evidência disponível, e onde não
tinha uma informação imediata, foi prometido fornecê-la no futuro,
segundo as diretrizes da Santa Sé, assim como fazem todos os governos.
Parecia um diálogo construtivo e acredito que deva permanecer como tal.
Portanto, considerada a impressão que tivemos do diálogo direto da
Delegação da Santa Sé com o Comitê e o texto das conclusões e
recomendações, é tentador dizer que provavelmente aquele texto já tinha
sido escrito e não reflete os suplementos e a clareza, com exceção de
algumas atualizações de última hora. Portanto, devemos, com serenidade e
com base nas evidências – porque não temos nada a esconder – levar a
diante a explicação das posições da Santa Sé, responder às perguntas que
ainda permanecem, de modo que o objetivo fundamental que deve ser
atingido – a proteção das crianças – possa ser alcançado. Fala-se de 40
milhões de casos de abusos de crianças no mundo. Infelizmente, alguns
desses casos – embora em proporções reduzidas em comparação com tudo o
que está acontecendo no mundo – dizem respeito a membros da Igreja e a
Igreja respondeu, reagiu e continua a fazê-lo! Devemos insistir nesta
política de transparência e não tolerância de abusos, porque até mesmo
um só caso de abuso de criança é demais!
O que pode ter acontecido?
Dom Tomasi: “Provavelmente, as organizações não
governamentais – que têm interesse na homossexualidade, no casamento gay
e outras questões – apresentaram certamente suas observações e de
alguma forma reforçaram uma linha ideológica”.
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