Análise do discurso e a política!
Estamos sofrendo em nossos dias uma verdadeira revolução
cultural socialista e alguns pensadores católicos como Pe. Paulo Ricardo de
Azevedo Jr., Olavo de Carvalho, Professor Felipe Aquino, Professor Sidnei
Silveira, Professor Carlos Nouguer e outros têm nos alertado quanto a essa
manifestação sorrateira e perigosa, sobretudo na politica do Brasil. Minha
intensão aqui não é discutir o fenômeno e suas politicas públicas, não me vejo
com argumentos sólidos para fazê-lo, mas indico os autores citados acima que
são especialistas no assunto e tem vários vídeos e textos postados na internet.
Minha intensão aqui é analisar a desconstrução dos discursos desfavoráveis à
implementação dessas leis contrárias à instituição família, esses
contra-argumentos se valem da técnica do espantalho para desprestigiar a
oposição através dos pressupostos e os subentendidos criados a partir de uma
leitura pretenciosa e direcionada. Os discursos a serem analisados são os do
Pastor e Deputado Marco Feliciano contra a PL 122. Caberia aqui falar também da
mensagem subliminar que transita pela mesma via de linguagem, mas requer um
trabalho mais apurado, prometo escrever posteriormente.
O deputado e pastor Marco Feliciano é sem dúvida uma das
figuras politicas que mais fora citado nos últimos dois anos no Brasil,
sobretudo através das redes sociais, devido às suas “polêmicas” declarações
desfavoráveis às reinvindicações dos movimentos sociais a favor do casamento
gay e do projeto de lei PL122. Seu nome e sua imagem atingiram por várias vezes
os “Trending Topics”
no micro blog Twitter, fora citado em várias outras redes sociais com chacotas,
virou charge em quadrinhos de dezenas de jornais e revistas, fora citado em
músicas de paródias e virou personagem para humoristas em toda a esfera
nacional, depois de algumas declarações contendo fragmentos bíblicos, que fora
interpretado pela massa (midiática) como afronta e manifestação de preconceito
contra negros e homossexuais.
Em primeiro lugar quero ressaltar o valor das
manifestações populares deste contexto, é um forte sinal de democracia e
consciência sobre os direitos à liberdade de expressão e os direitos básicos da
população. Se um grupo se senti ferido em alguma tentativa de imposição politica
deve mesmo questionar para que no mínimo o assunto venha a publico para ser
discutido de forma mais clara e justa. Porem o que não pode acontecer é um grupo
seleto que goza de privilégios no espaço midiático e o disputado direito à
opinião, deturpar e distorcer a discursões para os seus interesses políticos,
conduzindo assim a massa a pensar como querem que pensem, esse fenômeno é possível
de ocorrer quando o publico em geral em sua grande maioria não cultiva um senso
crítico e avaliem melhor o que se ouvi.
O fato é que o referido politico, cometeu
alguns deslizes na execução de sua elocução que eu como um analista do discurso
julgo como infelizes e desnecessários. Penso que o mesmo não teve um bom
assessor para orientá-lo à melhor forma de colocar seus posicionamentos e o que
acreditava ser o melhor para a sociedade na ocasião, mas isso não quer dizer
que seus argumentos sejam ilógicos. Vale lembrar que Marco Feliciano é deputado
Federal democraticamente eleito pelo numero suficiente de votos, logo, ele
representa sim aqueles que o elegeu, além do mais, seus posicionamentos vão
além de seu cargo político, é bem sabido que o mesmo é um renomado pregador neopentecostal
do protestantismo, uma ala do cristianismo que herdou algumas importantes
características do catolicismo, dentre elas a defesa da concepção de família
natural através da ótica bíblica e tradicional, ou seja, o casamento entre
homem e mulher. Essa não é uma guerra de Feliciano! Não é uma guerra dos
evangélicos! Deveria ser uma guerra de toda humanidade que presa pela garantia
de sua sustentabilidade nesse mundo, sobretudo é uma guerra que o catolicismo
tem assumido desde os tempos mais remotos, contra essa cultura liberal que dura
mais de dois milênios, e os evangélicos, são nossos importantes aliados fazendo
assim as vezes de muitos católicos que por omissão preferem adotar a politica
da boa vizinhança ao invés de ser profetas.
Tenho ouvido muitos desses católicos omissos,
que além de não denunciar andam por aí nos altares e púlpitos das igrejas
criticando o posicionamento do deputado. O que esses mesmos não sabem é que do
ponto de vista linguístico, ao citarem o nome de Marco Feliciano criticando-o e
o acusando de preconceituoso, ou simplesmente questionando seus posicionamentos,
o que fica subentendido é que a sua opinião é favorável ao casamento gay, esse
que supostamente seria objeto das “injúrias Feliciana”. Ao chacoalharem o espantalho dele
construído e de seu discurso será difícil retirar o subentendido de que o faz
por não concordar com as suas negativas quanto ao projeto de lei. Essa técnica é muito usada pela
mídia, não é isso que fazem quando querem ver a manifestação popular sobre
determinado assunto? Trazem-no a tona, criam e recriam seus espantalhos e os
colocam na boca do povo para que opinem, porem suas opiniões foram
maquiavelicamente construídas.
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