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O ROCK IN RIO 2013 E A TEMÁTICA DO PROTESTO: ISNPIRAÇÃO ANARQUISTA PUNK ROCK



O que ninguém tem dúvidas é que o Rock in Rio é o maior festival de musica do mundo, seus números bombásticos de publico, rentabilidade e popularidade superam ao longe até mesmo o lendário festival de Woodstok de 1968. Em todas as edições anteriores o evento sempre ficou marcado por sua expressão impactante de liberdade sexual, irreverencia, drogas e musica de protesto, que é próprio do estilo musical registrado em seu grito de guerra “sexo, drogas e rock and Roll. O estilo musical embala a principal atração do evento com as contratações de peso, dos principais artistas do cenário musical do mundo. Segundo algumas revistas especializadas no gênero é de práxis seus adeptos considerarem a musica muito mais como um estilo de vida do que entretenimento.
Num breve histórico, podemos dizer que a musica rock no Brasil teve uma forte influencia com o Punk Rock norteamericano, um movimento surgido em meados da década de 70 que além de influenciar a musica, influenciou a moda, a arte e o comportamento da época. Regado a musicas de melodia e letra simples, de mensagem repetitivas, direta e clara, agressividade verbal e denuncias contra o sistema politico implantado pelo regime militar. Influências na moda através do uso de jaquetas de couro, cabelos estilo rabo de boi, brincos, braceletes entre outros.
O movimento no Brasil, presou por imprimir sua característica própria rompendo e se diferenciando de todos os outros estilos musicais e dos padrões de estética e comportamento de seu tempo, porem o fato é que esse rompimento com o que é “padronizado” não era somente contra o sistema politico e a cultura capitalista como se esperava, o movimento tendia a romper contra qualquer tipo de estrutura hierárquica incluindo e principalmente a religião, essa influência punk justifica o porquê de tantas musicas das bandas de rock brasileira das décadas de 70 e 80 conterem letras de apologia ao satanismo e o ocultismo, mesmo que encoberta por mensagens subliminares era a forma de protestar contra a Igreja Católica e o Cristianismo.
Quem acompanhou as reportagens do Rock in Rio desse ano pode ver que o evento foi palco de um verdadeiro comício de incentivo aos protestos das manifestações publicas do mês de Junho desse ano que movimentaram o Brasil. Não sei se o leitor há de convir comigo que era de se esperar, teoricamente rock já é um movimento de protesto contra o sistema, logo esse seria um prato cheio para seus gritos de liberdade. As bandas capricharam na criatividade, com telões refletindo fleches das principais cenas dos protestos, vestindo as mascaras símbolo dos anônimos, mascaras ninja dos Black Bloc’s, outros colocavam nariz de palhaço e faziam seus discursos e reinvindicações incentivando o povo a ir às ruas mesmo e continuarem vestindo suas mascaras. 

Do ponto de vista das ciências politicas, essas representações não foram meros desabafos da situação vivida esse ano, trata-se de um verdadeiro culto ao anarquismo moderno. O anarquismo é um movimento ideológico que tende a defender o direito à liberdade total e uma sociedade sem governo e sem superiores, sem religião e sem leis. Cada um seria o seu próprio juiz. Em suma, o que está por traz desses movimentos das ruas é de fato muito mais do que alguns centavos de desconto nas passagens, é muito mais do que um desconforto com o atual governo, é a reinvindicação de um verdadeiro liberalismo da supremacia do individualismo, ou seja, nenhum governo ou sistema politico seria o bastante para um povo que é livre. Minha pergunta final é a seguinte: Será que esses artistas que possuem o direito ao microfone para falar à uma plateia de milhões de expectadores estão realmente preocupados com o nosso país? Com a segurança publica? Será que os mesmos, ao incentivar os jovens a saírem vestidos de mascaras, ocultando sua identidade, não pensaram que a identidade ocultada por um mascara induz o sujeito à violência e a impunidade?
Caríssimos senhores artistas e produtores da cultura, na hipótese de não terem o conhecimento de politicas públicas eu concluo minha reflexão reiterando que o Brasil não é e nunca será uma nação anarquista, vivemos em um estado democrático constituído por leis, direitos e deveres, nossa liberdade, inclusive a liberdade de expressão deve está condicionada e em consonância com os direitos dos outros, inclusive o direito de ir e vir em segurança, sem ser atacado por um mascarado.

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