A
família tradicional católica é chamada sempre a fecundidade como forma de
testemunho eficaz contra a cultura individualista de uma sociedade, que tenta
impor a falsa ideia de controle de natalidade até as ultimas consequências. Dessa
forma, somos chamados a gerar filhos para Deus, ou melhor, gerar filhos santos
para Deus.
Não é uma espécie de incentivo de produção em série, a Igreja também se preocupa com a qualidade de vida de uma família, com a garantia dos direitos básicos da criança dentro de uma estrutura familiar, bem como educação, saúde, esporte e lazer e etc. Para tanto, mesmo com esse chamado à fecundidade, Ela nos dá a possibilidade de um planejamento familiar saudável através do método Billings.
Não é uma espécie de incentivo de produção em série, a Igreja também se preocupa com a qualidade de vida de uma família, com a garantia dos direitos básicos da criança dentro de uma estrutura familiar, bem como educação, saúde, esporte e lazer e etc. Para tanto, mesmo com esse chamado à fecundidade, Ela nos dá a possibilidade de um planejamento familiar saudável através do método Billings.
É
no parágrafo 1653 que o Catecismo da Igreja Católica explica essa questão: “A fecundidade do amor conjugal estende-se aos frutos da vida moral, espiritual e sobrenatural que os pais transmitem aos filhos pela educação. Os pais são os principais e primeiros educadores dos seus filhos (177). Neste sentido, a missão fundamental do Matrimónio e da família é estar ao serviço da vida (178)”. No livro de Gêneses o autor sagrado nos deixa a ordem no
imperativo: “sede fecundos e multiplicai-vos” (Gn. 1,28). Esses precedentes bíblicos
e da tradição nos dá um conceito mais profundo do que venha a ser a fecundidade
na dimensão católica, é a preocupação com a procriação, mas também, e muito
mais importante a evangelização da prole.
O
atual papa emérito Bento XVI, discursando às famílias de diversas partes do
mundo na cidade de Valência, Espanha, no dia 08 de Julho de 2006 disse que a
família é uma instituição de mediação entre o indivíduo e a sociedade. É ela
quem forma homens e mulheres para o mundo, e se o mundo não está melhor é
porque não está tendo famílias melhores ou as famílias “boas” não estão
inspirando de forma positiva os seus filhos. É normal ouvir por aí pais
afirmando com otimismo “meu filho vai ser médico!” “meu filho vai ser
engenheiro!” ou aqueles votos desejando o melhor para os seus! Isso tudo é
muito bom, mas, além disso, estamos desejando gerar filhos santos para o mundo?
Filhos médicos santos, filhos políticos santos? Engenheiros santos?
Se
olharmos para o contexto atual em que vivemos de violência contra a instituição
família, de relativismo praticante, onde nada mais é pecado, onde tudo é
permitido, e a desconstrução e inversão de valores, veremos que querer ter filhos
santos não é uma pretensão, ao contrário é a única saída para que os nossos se
salvem e isso deveria ser de fato uma ambição dos pais. A santidade não é uma
faculdade que conquistamos através de meros esforços, santidade é graça de
Deus, e é via de salvação. Diferente de um sacramento que também é graça, porem
uma graça por imposição, a santidade é uma graça que se alcança por busca
pessoal, e não haverá busca pessoal se não houver quem o inspire a buscar, quem
o testifique que é possível e vale a pena.
A
santidade de vida é individual, eu não posso ser santo no lugar do outro, eu
não posso ser santo no lugar do meu filho para que ele se salve, mas nossos
filhos devem se inspirar em nós para buscar ser santos e que essa busca valerá
a pena e será possível. Que nesse mês de Agosto, mês das vocações e das
famílias, a sagrada família de Nazaré interceda por nós e nos inspire a
inspirar nossos filhos à vocação primeira de todos, a vocação à santidade!
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