Estamos assistindo a um verdadeiro caos, um campo de batalha ao redor do país devido aos vários protestos que estão pipocando aos quatro cantos de nossa nação, protestos esses que permeiam desde o campo das ideias, politicagem e até a atos de vandalismo. Manifestantes que incendeiam carros e ônibus frente ao planalto central, trânsito parado nas ruas engarrafadas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais pelos manifestantes que gritam por melhores preços das passagens e quanto a incompatibilidade dos gastos com a copa do mundo e outros eventos patrocinados pelo governo, por melhores investimentos na saúde e redução da pobreza.
Não há dúvidas que esse fenômeno é produto de nossa era, a era da informação como ferramentas do saber e das redes sociais como instrumentos de ajuntamentos populares. Dessa forma os livros, textos e manuais de leis e de direitos estão cada vez mais acessíveis a todos, Não é difícil encontrar adolescentes de espinhas no rosto especialistas em leis e conhecer bem os seus direitos e defende-los como se fossem juízes. Neste contexto, cabe uma boa reflexão: qual tipo de liberdade permeia o imaginário humano? E qual liberdade lhe seria ideal? Através desses mecanismos, seria possível se pensar nessa tão sonhada liberdade, e ainda sim no bem da humanidade? Infelizmente devo sentenciar que não. Não há esperança para essa criatura que resolveu romper com o seu Criador e tomar suas próprias inclinações e por elas lutar com as próprias forças como se Ele não existisse. Seria ultrapassado acreditar que existe um Deus no controle daquilo que Ele próprio criou?
É claro que sabemos que todas
essas reinvindicações são pertinentes e necessárias, os gritos por justiça e
contra a corrupção não devem ser calados, mas como pensador cristão devo tentar
analisar a questão mais profundamente, ou seja, em sua raiz, e se analisarmos a
raiz do problema concluiremos que por traz dessas reinvindicações estão
mascarados os reais anseios por uma liberdade de defender o que se pensa e o que se acredita a qualquer custo e uma falsa
sensação de autonomia da criatura sem a interferência do seu Criador.
Tão logo, o catecismo da Igreja
católica propõe que recorrer a Deus (Criador) através da fé não contraria a
liberdade e nem à inteligência do homem (CIC 154), ao contrario nos faz
reconhecer nossos próprios limites e ilumina nossas decisões quanto à direção
acertada para o bem comum a todos. A Igreja é mestra quando orienta, é mestra
por ter recebido do Mestre tal incumbência e também por ser uma senhora de
longos anos, não está presa ao agora, ao imediato. A Igreja não pensa no homem
de hoje e em seus problemas de hoje, ela pensa no homem e seus problemas de
sempre, ou seja, de ontem, de hoje e de amanha, em contrapartida o homem por
está enraizado em sua própria contemporaneidade, suas decisões dificilmente
corresponderão às necessidades de outros tempos.
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