Hoje pela manhã, ao ler um twet do +Pontifex Papa Francisco recitando um trecho do evangelho de João do Bom Pastor que evidencia o seu papel salvífico na terra que é de dar a vida em abundancia para a suas ovelhas, pousou levemente em minha alma uma brisa suave de profundo reconforto; "Deus realmente sabe o que faz e Ele está no comando do trem da estória" . Num período de Sé Vacância vivida pós renuncia de Bento XVI, a Igreja se encontrava num grande desafio de dispersão pastoral, "como ovelhas sem pastor", e Deus nos envia um Sumo Pontífice que aborda desde os seus primeiros passos na Cátedra de Pedro como o Papa Pastor, o Papa que vai de encontro com os fieis, um papa que não tem grandes bagagens teológicas mas sabe que a grande teologia está no testemunho.
Me fez de súbito lembrar o episódio mais marcante da biografia de São Francisco de Assis, quando o pobrezinho de Assis chega a Roma para pedir a autorização ao Papa para a sua ordem religiosa e recebe uma negativa, em seguida o Papa, ao adormecer tem um imprecionante sonho e vê as estruturas bases da Igreja ruírem e em baixo de tudo, como um respiro de esperança um mendigo, de roupas esfarrapadas a sustentava para não cair. A partir dessa visão o papa não teve dúvida da santidade e do projeto de Francisco. Neste episódio está impressa a ordem do próprio Cristo Crucificado a Francisco vivenciado por ele dias antes; "Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja!"
Francisco pela sua simplicidade intelectual, entende num primeiro momento que a reconstrução seria literalmente pegar as ferramentas e tijolos e refazer as estruturas físicas do prédio da pequena Igreja de Assis, e em seguida compreende que o projeto era muito maior, que já havia começado e o transpassaria, pois a missão não é somente de Assis, e sim de todos nós.
Papa Francisco, talvés o depósito histórico da Igreja, e o seu papel na construção da humanidade seja tão evidente que as vezes impedem-nos de ver que a Igreja precisa passar por uma reconstrução. Reconstruir nossos valores espirituais que a muito se perdeu na história, ou pelo menos está ofuscado, reconstruir as paredes que nos protegem dos inimigos da Cruz que se infiltram nas brechas e nas fendas do cristianismo por todos os lados. Santíssimo Padre, muito me alegra vê-lo, com todo entusiasmo, abraçar o pobre e o desvalido, que por esse simples gesto, possamos nos desfazer das mascaras filosóficas e sociopatas e nos aproximar de corpo e alma dos que estão a margem da vida, e neles se encontram a Imagem e Semelhança do próprio criador.
Sei que alguns irmãos impetuosos da nossa sofrida América Latina, proporam à Roma que a teologia brotasse do pobre, justamente porque viram a importância da Igreja pensar nessa dimensão de proximidade, e é claro que Roma ponderou que a teologia deve partir de nenhum outro lugar que não fosse do próprio Cristo, e no Cristo atingir o pobre, o rico, o negro e o branco e todo o que abrir o coração para a sua salvação. De fato o centro de tudo dever Cristo, e inspirados por Ele devemos assumir nosso papel de transformação da sociedade, trasformação essa que eu acredito partir do interior para o exterior, ou seja, como a Samaritana, o homem se encontra com a graça salvífica e não se contenta em guardá-la pra si e parte ao encontro do outro para compartilhar.
Por fim, querido Jorge, estamos muito felizes com o nosso Sumo Pontífice que num momento beija os pés do pobre, e em outro exorta a Igreja que sem Cristo não passamos de uma piedosa instituição filantrópica!
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