REFLEXÕES
SOBRE O CONCÍLIO VATICANO II E A NOSSA IDENTIDADE CARISMÁTICA. parte 01.
Angelo Roncalli, o cardeal
que veio a ser o inspirado Papa João XXIII, era segundo a maioria de seus
colegas cardeais, um cardeal sem muitos atributos intelectuais que veio a ser
indicado ao papado mais pelas suas boas experiências pastorais do que pelos
conhecimentos teológicos. Esperava-se que o novo Papa, por ter a sua idade avançada,
eleito aos 77 anos e uma saúde debilitada, seria um “papa de transição” sem
muitas perspectivas ou ambições maiores. Extraordinário foi o tamanho susto dos
príncipes da Igreja, quando esse Papa, três meses apenas do início de seu
pontificado – e menos de um século depois do conturbado primeiro Concílio,
bruscamente interrompido pela captura de Roma, convoca o Concilio Ecumênico Vaticano
II. Diziam os meios de comunicação da época:
“Não se espere, porém, uma
faxina pesada no Vaticano. Nas palavras do próprio papa, o Concílio servirá
apenas para arejar a Igreja, para permitir que uma brisa fresca envolva uma
instituição que parece manchada de bolor.” (Revista VEJA, outubro
de 1962 )
A
Igreja sentia a necessidade de uma profunda abertura à renovação espiritual.
nas palavras do Papa , esse não seria um concilio doutrinário, mas a sua característica
principal seria a abertura das portas da Igreja para que os ares do Espírito
Santo adentrassem em toda a sua estrutura institucional e uma maior
proximidade do Vaticano com os seus fieis. Na cerimônia de abertura o Papa
abre os portões da casa de Pedro e inicia o seu sermão com uma ardente suplica
ao Espírito Santo. “Faz
com que deste Concílio brotem frutos abundantes: que a luz e a força do
Evangelho se difundam cada vez mais na sociedade humana; a religião católica e
o seu empenho missionário adquiram novo vigor”.
Em sua defesa acadêmica “RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA: O SOPRO DO
ESPÍRITO SANTO”, no curso de teologia na FAPAS (Faculdade Palotina) Eliseu Alves de Oliveira, após uma
consistente pesquisa na biografia de João XXIII afirma que, é possível
levantar a possibilidade de que o Concílio Vaticano II possa ter sido uma
espécie de profecia na vida do movimento carismático.
Nesse sentido, ao
convocar o Concílio, acredita-se que João XXIII foi realmente inspirado pelo
Espírito Santo, pois estava bem consciente deste acontecimento. Assim sendo, o
que se-pode afirmar é que, quando João XXIII implorou ao Espírito Santo que
renovasse a Igreja através de sinais e milagres, ele sabia que a experiência santificadora
de um novo Pentecostes era possível, e com propriedade de quem viu essa
manifestação de perto. Segundo o testemunho do Papa Paulo VI seu sucessor,
quando Bispo, João XXII visitou diversas vezes uma aldeia da então
Tchecoslováquia, na qual um grupo de carismáticos moradores da aldeia viviam
permanentemente as graças de pentecostes, com certeza viu por muitas vezes pessoas profetizarem,
impondo as mãos uns sobre os outros, como geralmente acontece em nossos grupos
de oração.
Para os estudiosos da
RCC, um dos nomes mais importante para a compreensão do movimento carismático e
sua concepção do ponto de vista do citado Concilio Vaticano II é sem duvida o Cardel Suenens, que foi o responsável
por defender a ação de Deus pelos carismas nas assembléias e conferencia
conciliar. Diz o cardeal: “A Igreja e o mundo necessitam mais do que nunca que
o prodígio de Pentecostes se prolongue na história [...] Para o mundo cada vez
mais secularizado, não há nada mais necessário que o testemunho desta ‘renovação
espiritual’ que vemos o Espírito Santo suscitar hoje em dia nas regiões e ambientes
mais diversos.
Presado leitor, esse
breve relato sobre o movimento da Renovação Carismática Católica e sua estreita
relação com o Concilio Vaticano Segundo é só uma pequena contribuição para os
que querem mergulhar a fundo em nossa espiritualidade e não se deixar levar por
qualquer vento que insiste em assoprar inverdades ao longo da estória de nossa
Igreja, estamos preparando uma pesquisa mais apurada e mais consistente para
apresentar aos leitores. Fiquem ligados, Deus os abençoe!
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