e esse alguém sou eu
estou preso em um engarrafamento
enclausurado
em plena Magalhães Pinto
na altura do numero 1522
desse nublado 16 de Março
Que estúpido olhar a vida correr!
E que verídico é o morrer
sem pressa, sem luta e sem dor,
apenas se esvair devagarinho.
Viver é morrer a conta-gotas
num delírio súbito de contar os dias
e eu ainda não cheguei!
Está faltando alguém lá em casa
sentado em minha escrivaninha
alguém que já não mais escreve
alguém que não mais ler meus livros
minhas cartas e meus romances
Falta alguém ao meu lado
em meu sofá.
E eu com medo, não o olho,
medo de ser o espectro
daquela que meu coração amou.
E eu não a olho.
Quando penso em correr
ir para o meu quarto e me esconder
desse ou dessa que se faz ausente
e que me falta
eu o olho,
mesmo com o medo que me atormenta
estou preso em um engarrafamento
enclausurado
em plena Magalhães Pinto
na altura do numero 1522
desse nublado 16 de Março
Que estúpido olhar a vida correr!
E que verídico é o morrer
sem pressa, sem luta e sem dor,
apenas se esvair devagarinho.
Viver é morrer a conta-gotas
num delírio súbito de contar os dias
e eu ainda não cheguei!
Está faltando alguém lá em casa
sentado em minha escrivaninha
alguém que já não mais escreve
alguém que não mais ler meus livros
minhas cartas e meus romances
Falta alguém ao meu lado
em meu sofá.
E eu com medo, não o olho,
medo de ser o espectro
daquela que meu coração amou.
E eu não a olho.
Quando penso em correr
ir para o meu quarto e me esconder
desse ou dessa que se faz ausente
e que me falta
eu o olho,
mesmo com o medo que me atormenta
de repente
me vejo em forma de espelho
refletido nela
e logo me vem como em grito
- Esse alguém,
que se perde
e que me falta sou eu
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